sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mientras duermes

el viento canta cerca de mi corazón
una canción que desconozco.
La canción tiene un latido
que parecen huesos chocándose.
pienso en los arboles, baqueando sus gajos, 
así como una pelea nerviosa de niños
luchando por un chupa chupa.

el dulce gusto de cigarro
me hace recordar del amargo de la cerveza tibia
el humo se hunde a los pensamientos.
no me reconozco acá 
donde debiera reconocerme 
todo tan cerca, y 
todo tan lejos,
añoro el olvido
distancia
sueño, 
el largo recorrido.

Calles de Colonia

La lluvia desliza
por las hojas amarillas
de los plátanos jóvenes

El sol con su amarillo 
alegra esa danza 
así como da un color
todo especial a tu sonrisa
que miran mis ojos

De a  poquito nos  vamos 
quedando mojados.
Las personas están alborotadas
pasan y se van
y nosotros allí...
apreciando el placer
de los adoquines 
frente a este espectáculo.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Tétrico trânsito em transe…

Caixinhas de espaço privado
Pintado e controlado
Iluminadas com luz elétrica

Mas a situação é tétrica

Caixinhas que são castelos
Os guardas faróis amarelos
Iluminados com luz elétrica

Mas a situação é tétrica

Caixinhas capitalistas
Nas vias socialistas
Iluminadas com luz elétrica

Mas a situação é tétrica

Caixinhas de consumismo
Com todo seu egoísmo
Iluminado com luz elétrica

E a situação é tétrica
A situação é tétrica
É, sim, tétrica a situação
Tão tétrica que nos leva, meu irmão
À insanidade, de verdade.

Por isso, não buzines, meu irmão,
Porque já basta o inferno como está...

Poema de André Castro

sábado, 26 de março de 2011

Vino Tinto

Soy solo con mi rojo amor
El cáliz, mis pupilas
El cáliz, la rigidez de mi cuerpo
El cáliz, l transparencia de mi ánima
El cáliz, las cadenas de la distancia
En el cáliz la sangre que fluye
En el cáliz están mis pensamientos
Que del cáliz salen al viento

sexta-feira, 25 de março de 2011

Não foi acidente!

Ouvi o pneu cantar, algo amargo passou pela minha cabeça. Meu pé tocou o chão, olho para o lado e vejo uma pessoa flutuando com sua bicicleta. Sim! Flutuando. Aquela cena durou muito tempo, mesmo tendo acontecido em apenas alguns segundos. Muitos voaram, mesmo sem asas. Quando entendi o que passou, havia pessoas atiradas no chão ao longo de mais de cem metros. Agora o amargo estava em minha boca.
Aquilo tudo passou diante dos meus olhos, assim como ainda hoje passa. Foi numa tarde cinza, havia chovido até poucos momentos antes de sairmos para a bicicletada. Nem sabia que pedalaríamos, mas pedalei, pouco, mas pedalei. Presenciei a noite chegar entre gritos de socorro, gritos de dor, de indignação. Gritos comprimidos pelo acelerador. Grito que nunca é ouvido. Noite adentro e muitos continuavam ali, estarrecidos, queriam justiça. Mais uma vez a voz da minoria será absorvido, encoberta pelo descaso das autoridades? A polícia insistia que foi um acidente.
Não! Dessa vez algo diferente aconteceu. O grito da “massa” foi ouvido por todos seus iguais. Poucos horas depois e o mundo estava sabendo da tentativa de assassinato coletivo que havia ocorrido. Placa, endereço, nome e foto de Ricardo José Neis estavam na boca das pessoas, gravados na alma. Todos clamando por justiça, até que sim, a justiça tardou, mas fez o seu trabalho. Agora a imagem daquele final de tarde fatídico deve estar gravado como um tormento na cabeça daquele elemento atrás das grades, assim como todas as vozes devem ecoar no mais profundo de seu âmago.
Esperamos, não de braços cruzados, que a justiça seja feita, e claro, tomando muito mais cuidado com os viris do acelerador. Mais amor! Menos motor! Esse é o lema da Massa Crítica que sai toda última sexta feira de cada mês do Largo Zumbi dos Palmares.